terça-feira, 28 de junho de 2011

Males do Celular

São Paulo - Médico divulga estudo alertando para o perigo da exposição à radiação desses aparelhos e sugere redução do uso do aparelho.

Celulares podem matar mais do que o cigarro, revelou estudo do especialista em câncer Vini Khurana, de acordo com matéria publicada no jornal The Independent no domingo (30/03). Segundo o médico, as pessoas devem evitar o uso desses aparelhos assim como o governo e a indústria de celulares deviam tomar providências imediatas para reduzir a exposição à radiação. 

Isso reforça evidências – principalmente divulgadas pelo IoS em outubro – de que o uso de handsets por dez anos ou mais pode dobrar o risco de câncer cerebral. Essas doenças levam cerca de dez anos para se desenvolverem, invalidando afirmações oficiais de seguradoras que se basearam em estudos recentes que incluíram muito poucas pessoas que usaram celular por esse período. 

No início deste ano, o governo francês alertou sobre o uso de celulares especialmente por crianças. A Alemanha também sugeriu que a população diminuísse o uso do aparelho e a Agência Ambiental da Europa pediu que a exposição fosse reduzida.

Khurana, um neurocirurgião que já recebeu 14 prêmios e publicou mais de 36 estudos analisou cerca de 100 estudos sobre o uso de celulares. Ele colocou o resultado da sua pesquisa em um site sobre cirurgia cerebral, e a pesquisa está sendo examinada por um jornal científico.

O médico admite que celulares podem salvar vidas em situações de emergência, mas conclui que “existem fatos mostrando que o uso de telefones móveis está relacionado a tumores cerebrais”. Ele acredita que na próxima década isso já estará provado.

Por tumores malignos no cérebro representarem um “diagnóstico terminal”, ele acrescenta: “a menos que a indústria e os governos tomem providências urgentemente, observaremos nos próximos dez anos um aumento de incidências de tumores cerebrais e de taxas de morte relacionadas a isso”. 

Radiação do celular pode prejudicar a saúde neurológica

A radiação eletromagnética do celular pode provocar danos à saúde neurológica dos usuários desses aparelhos, é o que afirma o professor de engenharia elétrica e computação da Unicamp, Vitor Baranauskas, em seu livro "O celular e seus riscos".
De acordo com o professor, discussões desse tipo surgiram simultâneamente à telefonia celular. Um estudo realizado na Suécia comprovou o aumento de incidência de câncer cerebral na telefonia celular analógica, o que levou os fabricantes a investirem em pesquisas, nos Estados Unidos, para contraditar, sem sucesso, a descoberta sueca.
Em entrevista ao Programa Revista Brasil, da Rádio Nacional AM, o professor afirmou não haver dúvida quanto à existência de efeito biológico na radiação eletromagnética. Para Baranauskas, a pergunta que fica é se esse efeito provoca alguma doença ou não, principalmente considerando-se que a potência de radiação ideal é de 0,6 watt, mas existem aparelhos de até 15 watts de potência, o que "é um exagero", afirmou. As informações são da Agência Brasil.

Aparelho promete neutralizar radiação de celulares e PCs

Enquanto não deslancham os estudos sobre os reais riscos dos aparelhos celulares e dos computadores à saúde dos seres humanos, algumas iniciativas começam a ser desenvolvidas buscando neutralizar as ondas eletromagnéticas e microondas emitidas por esses equipamentos.
Sem data oficial para lançamento, a Medicare do Brasil contou com a assessoria do Instituto Latino Americano de Ciências e Pesquisas Biomagnéticas (Incipe) para fabricar o Neut Cell e o Neut Comp, ambos da linha Neutroniun. Os aparelhos prometem "auxiliar na prevenção dos efeitos nocivos das ondas eletromagnéticas não ionizadas, porém não substituem diagnósticos, prescrições ou cuidados médicos".
De acordo com a empresa, fabricante e distribuidora do equipamento, "estudos científicos em diversos países como Estados Unidos, Canadá, França, Inglaterra, Alemanha, Rússia e Japão demonstraram que a exposição prolongada às ondas eletromagnéticas podem produzir doenças como leucemia e câncer". Além disso, a Medicare aponta que pesquisadores da Universidade de Warwick, em Londres, afirmam que a radiação produzida pelos telefones celulares podem causar danos no cérebro, afetando a memória e causando dores de cabeça.
Polêmico, o caso vem sendo negado pelos fabricantes dos aparelhos móveis, que garantem que os telefones não são nocivos ao ser humano. Para Oscar Welker, diretor de marketing da Medicare, a situação é clara: "mal faz, só não sabemos exatamente o quanto. Podemos verificar, por exemplo, o Vaticano, local onde existem as antenas mais potentes do mundo. Nessa localidade, podemos encontrar um dos índices mais altos do planeta de câncer e leucemia", afirma.

Cada aparelho está sendo comercializado incialmente por R$ 30 e pode ser adquirido pelo telefone 0800 55 39 77. Segundo a empresa, a ação do Neut Cell e do Neut Comp funciona utilizando um sistema hidro-eletrônico contínuo e quântico, que serve como um dreno de ondas eletromagnéticas. Ou seja, os equipamentos atuam como uma antena receptadora de ondas e campos eletromagnéticos, fazendo com que estas, ao invés de convergirem para o corpo humano, sejam desviadas para os produtos, que devem estar localizados em um raio de até 1,5 metro de distância.
Segundo a Medicare, entre os sintomas e doenças relacionados aos efeitos das radiações estão: diminuição da produção de melatinina; perda parcial da memória e da visão; fadiga e estresse, ansiedade e depressão; diminuição da potência sexual; desequilíbrio hormonal; alteração do fluxo de cálcio no corpo humano; problemas no sistema imunológico; diminuição da insulina e insônia.

Lenha na fogueira
 
No iníco de agosto de 2000, o Departamento de Comércio e Indústria do Reino Unido acrescentou mais um capítulo à novela dos males do celular. A entidade publicou uma reportagem concluindo que, o uso de um kit de fone de ouvido com viva-voz, acoplado ao telefone celular, reduz a exposição dos campos eletromagnéticos contidos no aparelho.
A nova pesquisa, patrocinada pelo governo e conduzida pela SARtest - uma empresa que especifica a freqüência das ondas de rádio dos celulares -, contradiz um outro relatório da Associação de Consumidores. Realizado no início deste ano, o estudo dizia que o fio do telefone que fica conectado à parte externa da orelha agia como uma antena, que canalizava três vezes mais a radiação para a cabeça.
A publicação britânica conclui que os kits de fone de ouvido com viva-voz oferecem reduções significativas na exposição dos campos eletromagnéticos - se comparado ao uso tradicional dos celulares. Além disso, verificou-se que a quantidade de radiação vinda dos próprios aparelhos está dentro dos limites propostos pelas Comissões de Proteção Nacional e Internacional de Radiação - NRPB e ICNIRP.
De acordo com a reportagem, se o usuário conseguir manter o telefone no bolso com o teclado voltado para o corpo e usar o kit de fone e viva-voz, ele poderá reduzir a absorção das ondas emitidas pelos aparelhos.

Caso preocupa os EUA

Os oficiais do Departamento de Saúde dos Estados Unidos decidiram no início de junho de 2000 supervisionar os novos estudos relacionados ao uso de telefones celulares.
O FDA, órgão que fiscaliza alimentos e medicamentos nos Estados Unidos, irá revisar o andamento dos estudos, que estavam sendo financiados até então pela Associação das Indústrias de Celulares e Telecomunicações (CTIA). A pesquisa deverá ser concluída entre três e cinco anos. Segundo a CTIA, as análises até agora mostram que os celulares não causam danos à saúde.
De acordo com o FDA - que tem autoridade sobre os dispositivos que emitem radiação - ainda que as pesquisas atuais não mostrem que os telefones ofereçam um risco significante à saúde, não há informações suficientes para que se prove o contrário. Por enquanto, o órgão aconselha as pessoas que estão em dúvida quanto a uso dos aparelhos a limitar o tempo de conversação ou escolher um modelo que deixe alguma distância entre o corpo da pessoa e a antena do aparelho.
Seguindo as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS), os usuários dos aparelhos devem evitar utilizar o telefone celular por mais de seis minutos e a uma distância inferior a 2,5 centímetros da cabeça.

Fonte: Site IDG Now!


  U so de celular 'pode afetar número de espermatozóides'
 
Aparelho celular
Especialistas recomendam mais pesquisas sobre o assunto
O uso de telefones celulares por tempo prolongado pode afetar a fertilidade do homem, dizem cientistas.
Pesquisadores da Cleveland Clinic Foundation, em Ohio, nos Estados Unidos, analisaram o esperma de 364 homens e concluiram que aqueles que usam o aparelho por mais de quatro horas diariamente têm espermatozóides menos saudáveis e em menor quantidade.
O estudo, amplamente divulgado pela imprensa britânica, foi apresentado em uma conferência da American Society for Reproductive Medicine, em Nova Orleans, Estados Unidos.
O responsável pela pesquisa, Ashok Agarwal, disse que o estudo não prova que o uso de celulares diminui a fertilidade, mas mostra que são necessárias mais pesquisas sobre o assunto.
Uso indiscriminado
A equipe da Cleveland Clinic Foundation analisou o esperma de 364 pacientes que estavam recebendo tratamento para fertilidade em hospitais em Mumbai, na Índia.
Eles verificaram que aqueles que usavam celulares durante mais de quatro horas diariamente apresentaram o menor índice de espermatozóides, 50 milhões por mililitro. E os espermatozóides eram menos saudáveis, trazendo deformidades e movimentos mais lentos.
Os que usavam o aparelho entre duas e quatro horas diariamente apresentaram contagens de cerca de 69 milhões por mililitro e seus espermatozóides eram um pouco mais saudáveis.
E os pacientes que não usavam celulares tiveram a maior média, 86 milhões de espermatozóides por mililitro, e com qualidade superior à dos anteriores.
Falando durante a conferência em Nova Orleans, Ashok Agarwal disse que o estudo revela uma diminuição significativa nos mais importantes indicadores da saúde do espermatozóide.
Para o cientista, isto deve estar associado a um declínio na fertilidade observado mundialmente.
"As pessoas usam telefones celulares sem pensar duas vezes nas conseqüências", disse Agarwal.
"Isto ainda precisa ser provado, mas (o uso do celular) pode estar produzindo um grande impacto porque eles são uma parte integral das nossas vidas."
Agarwal disse achar possível que a radiação dos telefones celulares esteja prejudicando o esperma ao danificar o DNA, afetando as células que produzem testosterona nos testículos ou os tubos onde o esperma é produzido.
Vida sedentária
Um especialista britânico, no entanto, questionou a relação entre o uso de celulares e a infertilidade nos homens que participaram do estudo.
Allan Pacey, especialista em andrologia na Universidade de Sheffield, acha pouco provável que os celulares sejam a causa, já que quando estão em uso os aparelhos não ficam próximos dos testículos.
"Se você está usando seu telefone quatro horas por dia, ele deve ficar fora do seu bolso durante mais tempo. Como então pode haver dano nos testículos?", disse Pacey.
Ele sugere que outros fatores possam explicar a diminuição na fertilidade dos voluntários.
Pacey, que é membro da British Fertility Society, disse que pessoas que usam o celular por muito tempo podem ser mais estressadas, podem ter hábitos mais sedentários ou comer comida processada.
Para ele, isso explicaria os resultados do estudo.

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